Superando limites








Henrique Aires
Educador Físico / Pós Treinamento Desportivo



O esporte da amizade 


Olá pessoal! Hoje vamos contar a história de um esporte que reúne pessoas de várias gerações, uma forma divertida e agradável de praticar uma atividade física. 


A Sociedade Recreativa XV de Julho foi fundada em 15 de julho de 1951, por um grupo de amigos que decidiram começar a praticar o Bolão - modalidade pouco divulgada, de tradição alemã e que é conhecida ao redor do mundo e levada ao "pé da letra" aqui no Brasil como o ESPORTE DA AMIZADE.



O Bolão possui federações estaduais e a Confederação Brasileira, além da Federação Internacional, responsável pelas competições internacionais. O Bolão foi criado na Alemanha e ainda hoje é o país mais tradicional e multi-campeão da modalidade. Possui duas sub-modalidades, bola 16cm e bola 23 cm - referencia dada ao diâmetro da bola, onde a menor não possui furos e é empunhada na mão e logo arremessada, e a maior podendo ser com 2 ou 3 furos, conforme o gosto do atleta.


A Soc. Rec. 15 de Julho sempre foi muito ativa e teve seu departamento engajado para o desenvolvimento da modalidade, participando de competições pelos 4 cantos do estado, principalmente nos estaduais de casais, masculino e feminino adultos e juvenil. Com resultados sem muita expressão, o clube chegou por 2 vezes ao 4º lugar em campeonatos juvenis, e a equipe masculina de bola 16 cm ocupa a cerca de 10 anos a lista dos 5 melhores do estado, culminando seu auge entre 2004 e 2006, onde conquistou vitórias brilhantes sobre algumas das melhores equipes do país.


Com referências individuais, o clube contou na década de 80 com o primeiro campeão estadual individual (na época atleta de outra sociedade), Sr. Nestor Riemke, grande atleta e professor de várias gerações de bolonistas. Outra referência é o atleta Tiago Roloff - vice-campeão estadual juvenil (2008), campeão estadual juvenil (2009), recordista sul-riograndense bola 16cm (2004), 1 convocação para seleção gaúcha, 3º lugar campeonato brasileiro de seleções/Paraná (2009). 


Atualmente o Bolão encontra-se um pouco deixado de lado, mas não só em Pelotas, em todo estado e no Brasil - acredito que por falta de qualidade na gestão das federações que não se preocupam em fomentar a modalidade e as competições.


Em se tratando de cidade, Pelotas teve seu auge nas décadas de 70 e 80, onde as competições movimentavam vários clubes e onde seus atletas travavam nas pistas, verdadeiras batalhas. 




Temos em Pelotas grandes destaques do Bolão, as equipes femininas do Clube Brilhante e do Laranjal Praia Clube possuem cada uma 3 títulos estaduais, entre as décadas de 50 e 60. O Laranjal P.C. hoje sequer têm as pistas que deram os títulos ao clube. O Clube Brilhante e o 15 de Julho estão em situações parecidas, onde a falta de atletas, patrocínios e a presença de outras modalidades retirando os atletas do bolão, contribuem para a desmotivação dos poucos que ainda restam. 


O bolão é um esporte que, ao contrário do que muita gente pensa, não possui NADA parecido com a bocha. O bolão é um "irmão próximo" do boliche, onde os dois esportes têm como meta a soma do maior número de pinos e alguns pequenos detalhes os diferencia, tais como: Boliche 10 pinos, Bolão 9 pinos; a pista do boliche é reta (paralela) enquanto a do bolão é uma tábua/prancha de aproximadamente 30 cm e a certa distância, se abre formando um "violão" - como chamamos o encontro onde há essa abertura; além dos formatos de competições. 


Segundo Tiago Rollof, Diretor do Dep. De Bolão da Soc. Rec. 15 de julho, O grande diferencial do Bolão, é a questão da amizade, em todas as competições, seja em qualquer lugar do país onde se vá, todos são tratados como amigos, são recebidos/alojados nas casas dos atletas locais, são recebidos com comes e bebes - é uma verdadeira FAMÍLIA DO ESPORTE - O BOLÃO. 


Infelizmente, alguns clubes esportivos, acabaram não aproveitando os espaços existentes para a prática da modalidade, que além de esportiva é cultural. 


É desse tipo de esporte e de pessoas na qual faço questão de apoiar e incentivar, são esses os principais objetivos da coluna, “superando limites” na qual tenho um lugar para expor um pouco da minha opinião. 


Vamos prestar um pouco mais de atenção nesse esporte, que merece respeito e destaque por todos. 

Gostou? Quer praticar? 

· Clube Brilhante 

· Soc. Rec. 15 de julho 



Henrique F. Alves
Pós Graduado em Treinamento Desportivo
CREF 013214- G/RS
Educador Físico



Nas margens do Arroio Pelotas















Olá, pessoal! Hoje vamos falar um pouco sobre o remo, principalmente de um cara que faz toda a diferença nele. Oguener Tissot trocou a rotina diária de um administrador de empresas por um sonho. 






Um sonho de formar campeões



Mesmo sem patrocínio ou apoio da Prefeitura, ele consegue elevar o nome da nossa cidade. Comprova que o lazer, o esporte e o rendimento financeiro, devem caminhar juntos. “Já apresentamos diversos projetos para a prefeitura. Mas até hoje, não obtivemos retorno relativo a nenhum deles. Porém, temos projetos prontos e interesse em desenvolver com as secretarias da cidade!” - explica Oguener.


Tissot é um dos poucos técnicos licenciados pela Confederação Brasileira de Remo, a desenvolver cursos de capacitação de novos instrutores aqui no Estado, sendo também um dos poucos no país.
Foi pioneiro no Rio Grande do Sul na inserção de Remo adaptável, licenciado pela Federação Internacional de Remo.



Cabe destacar alguns dos seus atletas, como Thaise Mondim, vice–campeã estadual e Fernanda Schwartz, campeã estadual, que entres os anos de 2008 a 2010, tiveram excelente desempenho num torneio internacional em Punta Del Leste.


Mas em 2010 e 2011, surgiram os melhores atletas do Remo na Cidade. Através do Projeto "Remando Contra a Maré", Victor Rusicki e David Pereira despertaram interesse do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre. Em 2012, Victor foi medalha de Bronze no sul americano de Remo, no Chile.




Desde 17 de fevereiro, Oguener foi convidado para passar duas semanas, na sede da ilha do Pavão, no Grêmio Náutico União em Porto Alegre, acompanhando o renomado técnico Inglês Bill Barry, técnico do medalhista olímpico, Alam Campbell.


Em relato a coluna superando limites, ele diz estar ansioso em trazer novidades e formar novos campeões. Proprietário da Academia Tissot, ele conta com o apoio do GNU, a qual encaminha uma pequena frota de barcos, para formação de novos atletas. Também com o apoio do curso de Fisioterapia da UCPel e do Professor Marcelo Mendonça – Método De Rose e do Clube Centro Português. 


Nas margens do Arroio Pelotas, o esporte merece destaque pelos filhos de sua terra. 


Henrique F. Alves
Pós Graduado em Treinamento Desportivo
CREF 013214- G/RS
Educador Físico


Você se interessou pelo Remo? 
Academia de Remo Tissot
Rua Cidade de Aveiro, 500
Telefone: (53) 8419 20 63 / (53) 8142 7174
Recanto de Portugal
Sede Aníbal Vidal
Clube Centro Português
as margens do Arroio Pelotas
Valores : Variam entre R$ 80,00 e R$ 150,00 mensais.
http://www.facebook.com/remotissot?ref=hlhttp://www.centroportugues.com.br/site/content/home/index.php





O nosso esporte “amador”





Olá, Pessoal! Venho através deste espaço, mostrar um pouco da nossa realidade esportiva, na qual superamos nossos limites. Infelizmente, ao contrário do que muitos querem ou desejam, não estamos no “país das maravilhas” esportivamente e socialmente. A realidade é que só temos ações esportivas, por causa da insistência de alguns profissionais e praticantes de suas modalidades.






O esporte só funciona na cidade exclusivamente por causa dessas ações. Claro que temos raras exceções de alguns clubes sociais, que trabalham com suas modalidades, mas não podemos esquecer que els são todas pagas. 



Penso que é interessante produzir um talento, não só um, mas vários. Pelotas é uma cidade privilegiada por uma mistura de várias etnias que nos proporciona a prática de esportes variados.


Mas para isso, é preciso ter investimentos maciços em educação, que é a base de tudo. 



Precisamos não somente formar atletas para clubes da capital. É dever de uma cidade do tamanho da nossa ter um clube ou entidade esportiva em condições de bancar esse atleta, dentro de sua cidade de origem, até a fase adulta. 


Não podemos ficar para trás. 


Por que não temos um projeto que ceda algumas horas dos professores municipais, pra montar uma equipe de handebol, atletismo ou voleibol? 


Por que não se faz nenhum tipo de parceria com algum clube, para que no turno inverso, tivéssemos aulas de natação? Ou até mesmo atletismo, um esporte que é extremamente barato. 



Garanto que teríamos muitos alunos que sairiam campeões estaduais, nacionais e quem sabe até mesmo um atleta de alto nível. Mais do que isso, investindo em educação, não formamos só o atleta, formamos também o cidadão. Isso todo mundo sabe. 


Mas será que nossos governantes querem um povo pensante, atuante e crítico? 
Não se encontra um tenista sem uma raquete. 
Não se faz um jogador de basquete sem uma tabela. 
Somos 200 milhões de pessoas. Quantos de nós tem acesso a esses esportes? 


Será que para um presidente de confederação brasileira é interessante o acesso de todos? Porque em determinados esportes as taxas são tão altas? 


Precisamos de um currículo escolar onde haja a inclusão das artes marciais, em especial o judô e tae-kwon-do. Precisamos da boa vontade dos empresários pelotenses. Não vamos mais colocar a culpa de tudo nos professores da rede municipal e estadual, mas sim apontar a falta de interesse de outros segmentos. 


Temos que ter investimentos no esporte escolar, não somente na época da promoção de eventos, que por sinal vem tendo queda no número de participantes.

Penso que as escolas particulares deveriam se basear em exemplos como o Colégio Farroupilha e toda a Rede Sinodal do estado. Além do ensino, fazem do esporte sua maior propaganda. 


Pelotas, por sinal, poderia enviar representantes nesses eventos. Esta rede organiza uma olimpíada nacional das escolas evangélicas, composta por: voleibol, basquete, atletismo e xadrez. O curioso é que a região de Pelotas nunca enviou participantes. 


Aos clubes sociais e esportivos, devemos nos basear em modelos como os da Sogipa e da Sociedade Ginástica. Inclusive na Ginástica de Novo Hamburgo, onde há um programa social, com cerca de mil alunos da rede municipal e estadual de ensino. Todos praticantes do esporte de forma totalmente gratuita.


Os clubes devem deixar seu lado mais “social” e pensar mais no esporte, até mesmo como fonte de novos associados. 


Dedico este espaço a todos nós que insistimos em remar contra a maré: aos professores de educação física, atletas e aos famosos “paitrocinadores” que insistem em manter essa chama acesa. 


Não podemos deixar a peteca cair! Se você souber de alguém que tem alguma entidade esportiva, um professor, atleta, por favor, entre em contato conosco para que possamos divulgar no nosso site. Esse espaço é para vocês. E-mail: hipersocial@outlook.com, A/C de Henrique Alves.


Essa entrevista com o atleta Diogo Silva do tae-kwon-do. É sensacional! Assistam, basta clicar aqui.

Abraço a todos!

Henrique F. Alves
Pós Graduado em Treinamento Desportivo
CREF 013214- G/RS
Educador Físico

3 comentários:

  1. Parabéns colega pela coluna e pela luta em prol do esporte. Vcs são os que constroem a imagem de nosso País no exterior e não são valorizados internamente. Ivan Vaz - Colunista do Hiper Social. Parabéns a todos nós.

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  2. Que atitude legal Henrique :)Parabéns.

    Hoje fui à Esef, e assisti justamente três relatos de treinadores (futebol feminino, tênis e natação). E o que se vê é que além de "contatos" certos, temos que estar cada vez mais nos organizando, montando projetos, estando por dentro de Leis e "brechas" para angariar estes valores R$ essenciais para o crescimento do esporte competivo.Mas é um processo muuuito lento.

    Dia 05 -03, às 20h na Câmara de Vereadores, haverá uma reunião para a formação de uma Associação Pelotense voltada ao esporte, ao fortalecimento do esporte de base e justamente organizando e buscando recursos para implementar projetos. Quem estiver interessado deve comparecer. Soube dessa reunião lá, através de um rapaz - Tiago Rollof.
    Um abraço e sucesso!

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  3. olá Clarice, obrigado pelas palavras. Sim, estou a par de todas essas situações, inclusive logo após o dia 5 de março, estarei lançando uma matéria a respeito do assunto. Abraço, Henrique F. Alves.

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